História do Departamento de Física
Em 1975, depois de uma interrupção de 216 anos, recomeçam as aulas de Física na Universidade de Évora (então denominado Instituto Universitário de Évora) para suporte de três licenciaturas: Produção vegetal; Produção animal; Planeamento Biofísico. Para o efeito foi contratado um professor catedrático e um assistente e constituída a Secção de Física, que conjuntamente com as Secções de Matemática e de Química formavam o Departamento de Ciências Exatas.
Em 1979 o Instituto Universitário dá lugar à Universidade de Évora; é criada a Licenciatura em Ensino da Física e Química e a secção de Física ganha novas disciplinas e quatro novos assistentes.
Em 1980 desaparece o Departamento de Ciências Exatas e as suas secções são elevadas ao estatuto de Departamento, nascendo assim o Departamento de Física da Universidade de Évora .
Por iniciativa do Departamento de Física é criada em 1991 a Licenciatura em Tecnologia da Produção e Energia , circunstância que assinala o alargamento do DFIS às áreas tecnológicas, que a partir de então se viriam a estruturar a par da Física, estabelecendo a moldura identitária do Departamento de Física até 2020.
Em 1993 a licenciatura em Tecnologia da Produção e Energia é reestruturada, adquirindo a denominação de licenciatura em Engenharia de Processos e Energia que por sua vez, em 1999, é transformada na licenciatura Engenharia de Produção Industrial e Energia e mais tarde, em 2003, dará lugar à licenciatura em Engenharia Mecatrónica .
Em 2007 a criação da licenciatura em Engenharia das Energias renováveis veio alargar a oferta formativa de 1º ciclo do DFIS a mais uma importante e emergente área tecnológica.
A par dos ensinos nas áreas tecnológicas e de Física aplicada, o DFIS sempre se empenhou em manter ativo um núcleo de Física Fundamental, desígnio das grandes universidades mundiais. Assim, em 1997 foi criada uma licenciatura em Física que em 2003 é reestruturada, dando lugar à licenciatura em Ciências Físicas , variantes Física Moderna; Física do Clima da Terra e do Espaço; Biofísica; Econofísica.
O ano de 2003 foi ano de reestruturações. A Licenciatura em Ensino da Física criada em 1979 foi reestruturada nesse ano, dando lugar à Licenciatura em Física e Química – com as variantes Ensino; Museologia da Ciência e da Tecnologia; Multimédia e Comunicação. As novas regras impostas pelo processo de Bolonha aos cursos de formação de professores determinaram a extinção deste curso em 2007.
Em 1993, com a criação do curso de Mestrado em Física , iniciam-se no DFIS os ensinos Pós-Graduados. Seguiram-se os cursos de Mestrado em Clima e Ambiente Atmosférico e Mestrado em Física para o ensino em 2001.
Com o advento de Bolonha, são criados os seguintes cursos:
1º ciclo (Licenciaturas)
Ciências da Terra e da Atmosfera , 2007.
Engenharia das Energias Renováveis , 2008 .
Engenharia Mecatrónica (adequação) - em funcionamento
Física em rede com as Universidades de Lisboa e Algarve – extinto em 2010
2º ciclo (Mestrados)
Ciências da Terra, da Atmosfera e do Espaço , 2007 – remodelado em 2012
Energia e Ambiente , 2009
Engenharia Mecatrónia , 2010
Ciências e Tecnologia da Terra, da Atmosfera e do Espaço , 2012 (remodelação de CTAE)
Engenharia da Energia Solar , 2012 - – arranque em 2013/2014
Ciências da Terra e da Atmosfera , remodelação de CTTAE para funcionamento em regime b-learning.
3º ciclo (Doutoramentos)
Engenharia Mecatrónica e Energia em 2010
Ciências da Terra e do Espaço , em 2010
Física - extinto em 2012
Os factos mostram que durante os seus 41 anos de existência o Departamento de Física, apesar das muitas situações adversas a que foi sujeito, cresceu. Estendeu o seu domínio a áreas como a Geofísica, a História e Filosofia da Ciência, a Energia e a Engenharia, onde desenvolveu e consolidou projetos de ensino e de investigação. Três centros de investigação da Universidade de Évora (CGE/ICT, CEHFC e CEM) tiveram origem no DFIS. Ligou-se a várias redes nacionais e internacionais de investigação. Possui uma vasta rede de antigos alunos, agora professores do ensino secundário, com uma notável capacidade de realização que se tem evidenciado quer nas escolas onde trabalham, quer nos vários encontros e conferências de âmbito nacional e internacional em que participam. A sua formação pós-graduada nas áreas da Geofísica é uma referência no quadro nacional.
Esta evolução é, antes de mais, reflexo da competência e dedicação do seu pessoal docente e não docente.
Em 2020, por despacho reitoral (108/2020) o Departamento de Física é dividido em Departamento de Física e Departamento de Engenharia Mecatrónica, tendo transitado para o novo departamento os recursos humanos e oferta formativa das áreas da engenharia. A oferta formativa do novo departamento de Física ficou limitada ao mestrado em Ciências da Terra e da Atmosfera e ao Doutoramento em Ciências da Terra e do Espaço. Porém a grande força do DFIS continua incólume e determinada a conferir a este DFIS a nova identidade que reclama. Nesse sentido já está em marcha a elaboração do plano de crescimento suportado numa nova oferta formativa articulada às atuais competências e voltada para a modernidade.